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segunda-feira, janeiro 30, 2012

Palavras de outro alguém



Eu te amo. E vendo essa frase vejo que ainda não basta. Eu sinto sua falta até quando não deveria. E em meio há zilhões de brigas, eu sei que sou capaz de te amar muito mais, apesar do meu coração mal conseguir pulsar direito, sei que o pouco que funciona te tem no meio como motivo. Eu não sei lidar com a sua falta, com a sua ausência, com a sua indiferença, sem a sua companhia e o teu apoio, é como se arrancasse todas as páginas do meu livro preferido, ou sucumbissem com todos os motivos pra continuar uma vida. E querendo ou não, eu ainda me pego pensando em você, mesmo que eu não devesse, ou por mais que eu quisesse… E eu ainda coloco alguma música que me deixe mais próxima de ti, de nós; procuro todas as fotos, todas as conversas, todas as lembranças, e me embriago com o máximo que posso. Não sei por que tenho essa mania, de te querer mais em mim do que eu mesma, mas é como se uma paz me preenchesse. Eu sei que somos complicados e diferentes demais, mas são as diferenças que nos moldam um no outro. Entenda, meu anjo, que eu faria qualquer coisa pra continuar ao seu lado. Que mesmo depois de passar noites chorando e dizendo que não queria se quer ouvir teu nome, agora eu imploro pra ouvir tua voz, pra segurar na tua mão, pra sentir um pouco das batidas do teu coração. E a confiança? A gente junta tudo de novo, recomeça quantas vezes for necessário, cola e re-cola, arruma ou inventa outra; mas a gente dá um jeito pra tudo. Basta querermos, basta você querer. É só tu dizer que sim, e eu dou um jeito; me mudo e me transformo, me moldo e me encaixo, mas eu faço e farei de tudo pra me manter ao teu lado.

— Gabriela Vieira

terça-feira, janeiro 24, 2012

PICTURE FRAME


NOR-MAL



Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, um alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

De Novo




Noite passada eu chorei por não saber o porque de tamanha vontade de chorar. De cansaço dormi entre soluços e me levantei no outro dia sem lembrar que calei horas antes meu despertador. Atrasada.
Tudo começou e acabou da mesma maneira: Eu, minha bolsa jogada no sofá e uma tela em branco.
Descobri que tenho medo de escrever. Medo de mexer no que está oculto e fazer acordar sentimentos internos que jurava ter engolido, digerido e cuspido – em centenas de lágrimas.
Mas eu preciso, esse é o meu trabalho.
Busquei na minha última lembrança uma gota de amor e me afoguei em pequenos sentimentos aumentados pelo tempo. Senti o que chamam de saudade e tentei convencer meu coração que ele deveria traduzir tudo aquilo  para o meu cérebro em forma de palavras. De novo.
Dei um lindo fim para aquela história e terminei mais um texto de amor. Foi então que percebi que tudo aquilo não passavam de palavras imagináveis.
E então comecei a chorar por não ter mais motivos para chorar. De novo.


depois dos quinze 

Ponto Morto



Sei que foi hipocrisia dizer “quanto tempo”, afinal, minutos antes eu estava pensando na falta que ele ainda me fazia. Ele falou sobre o meu blog, falou sobre o meu cabelo, falou sobre minhas lentes coloridas e por último, falou da gente. Ele andava me espioanando? Não bobagem. Atualizações do orkut. Isso não quer dizer nada. Não enlouqueça Bruna.   Nós estávamos quase chegando naquele “ponto morto” onde um fica esperando o outro escrever, quando ele falou algo sobre saudade.Enquanto ele  jurava sentir minha falta eu jurava não acreditar nisso. Só hoje entendo que nós dois estávamos errados.
Eu fui apenas uma de suas meninas, e ele foi o meu primeiro e único cara.  Minha inocência sempre o agradou e sua malícia sempre me enganou. No fundo, eu ainda conseguia me lembrar das vezes que havia me deixado plantada em uma praça deserta. Das milhares de ligações nunca atendidas. Mas, eu sentia que se eu quisesse realmente me vingar, eu deveria continuar por perto provando o quanto eu aguentei firme.  Mas ele me dava mole, e no fim de cada frase minha eu deixava subentendido que se ele aparecesse na minha porta eu abriria e te deixaria entrar. Isso estragou tudo.
Depois de alguns minutos aguardando a resposta de uma pergunta qualquer, percebi que ele havia ficado offline. Sem explicações. Eu sabia que a internet não tinha caindo, e que muito provavelmente ele partiu em busca de uma “baladinha” cheia de “bebidinhas” e mulheres “bonitinhas”.
O meu problema foi demorar demais pra perceber que “carinhas” como aquele, nunca são o que parecem ser.  Ali, com aquelas poucas palavras, ele parecia o cara ideal. Mas aqui, ele nunca passou de um desconhecido vazio no meu coração.

terça-feira, janeiro 10, 2012





“Quero fazer valer a pena, tenho que fazer valer a pena por mim. Os dias correm muito rápido, as noites caem e quando se assusta já outro dia e eu não vivi nada ainda, mas tenho que mudar isso. Viver é escrever histórias, não é o que dizem?Então… Tenho que começar a escrever a minha, não importa se vai estar com alguns erros, ou terei de arrancar algumas paginas. Terei de seguir com a dor. Não importa se vou ficar no mesmo lugar, se eu quiser consigo ir aonde eu quero sem me mover. Eu vou ser melhor pra mim, vou ser melhor para os outros. Mas é tão difícil, é tão difícil viver. Existir é menos trabalhoso… Droga, eu começo a desistir antes de tentar. Mas não fale que é porque sou fraco, não é isso. É que eu já tentei várias vezes e sempre deu errado, já me reergui muitas vezes e sempre me derrubaram, isso é só medo, medo de mais uma vez falhar, medo de mais uma vez errar. Mas eu terei de tentar de novo, mas agora vou seguir o som da sua voz, vou seguir o som do meu coração. As luzes me parecem mais seguras que essecaminho escuro. Vou escrever minhas histórias, vou atrás de meus personagens.Vou atrás da melhor história, não importa se terá um pouco de comedia, drama e romance, não é? É que eu quero um pouco de tudo, quero rir, quero chorar e amar.Sem fim, apenas um começo que quero… Eu vou atrás dos sonhos.